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O que Porto fez mudar

segunda-feira, 18 de agosto de 2014



A melhor viagem da sua vida não é a mais distante, mais longa, mais cara... É a mais sonhada.

Não foram só oito dias. Foi primeira reunião, as milhares de vezes que assisti a web série da Forma, as compras feitas, a ansiedade que vinha quando alguém falava "gente, faltam X dias!!!"... e quanto mais a gente olhava o Instagram do pessoal que estava lá, mais a nossa vez demorava pra chegar.
Mas chegou. E deu tudo mais do que certo, graças a Deus.

Lembro que fechei minha mala às oito da noite, ainda com aquele medo de estar esquecendo alguma coisa (mesmo depois de ter conferido inúmeras vezes) e não sabia mais o que fazer. Consegui dormir da uma às três, e saímos de casa quase quatro da manhã. Minha mãe me deixou na porta do aeroporto de Guarulhos. "Olha lá os amarelinhos, filha. Segue eles!" Achei meus amigos, fiz check in e, em um pouco mais de uma hora, a gente já estava no céu. E em um pouco menos de três horas, na Bahia!

Nunca senti uma semana passar tão rápido quanto essa. Eu já sabia que essa viagem ia ser incrível, mas não tinha noção do quão surpreendente poderia ser. Sério. Eu achava que ia conhecer muuuita gente e que não ia ficar um segundo parada. Mas o que aconteceu foi que eu descobri que já tinha pessoas maravilhosas do meu lado, e que ficar parada com as companhias certas é a melhor coisa do mundo.

Desde que voltamos, em algum momento do dia, lembramos de alguma coisa que vivemos lá. E desde que voltamos, vivemos muita coisa aqui graças ao que vivemos lá. Os momentos que já eram bons se tornaram ainda melhores. E os difíceis, que muitas vezes eram individuais, hoje são compartilhados, completados com tentativas de conforto e ajuda.

Passeios, baladas, trajetos nos ônibus, esquentas, conversas com monitores loucos (quando quem tava louco era a gente mesmo),  jogos da copa, roubos de água no café da manhã, momentos à toa, UFC no colchão, alucinações, áudios enviados em momentos não tão adequados, os gritos de "chupa Laércio", confissões inesperadas, meus tombos, minha voz que sumiu, conselho, consolo e carinho nos meus momentos de drama, minha barriga que doía de tanto rir porque TUDO era motivo de zoeira e cantoria.

Eu disse que cada detalhe de cada momento iria ficar guardado. Mas hoje, mais de um mês depois do nosso retorno, eu vejo que esses detalhes estão sendo usados para a construção de novos momentos. E é por isso que quando eu penso naquela semana, não sinto nenhuma saudade desesperadora. Sinto uma sensação de realização e muita, muita gratidão.