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Dia de chuva depois de prova

domingo, 24 de novembro de 2013

Dalila cmg na preguiça

Isto não deveria ser permitido. No sábado passado fez um sol maravilhoso. Lembro que abri o Instagram e minha amiga que é sócia do mesmo clube que eu tinha postado foto da piscina, que às 10 da manhã estava cheia e muito convidativa. Mas daí eu lembrei que tinha provas decisivas na semana seguinte. Então fiz o que qualquer pessoa que precisa de nota faria e ignorei qualquer ideia de felicidade momentânea. Eu sabia que a real felicidade logo viria como consequência do meu esforço, e então teria meu tempo pra usar da maneira que quisesse.
 
Finalmente acabou. Sinto um peso a menos. Eu acho que vazio depois de obrigação cumprida é tipo vazio depois de show, só que ao contrário.
 
Ah, eu estava esperando que hoje seria um dia completamente diferente do que foi. Queria sol. Queria ter ido pra festa do sorvete. Queria ter saído de casa, pelo menos. Mas mesmo assim, foi um dia bom.
Dormi bem pouco essa noite. Cheguei do churrasco de aniversário da Marília quase duas da manhã. Meu irmão estava em casa (milagres acontecem) e contou que umas amigas dele tão todas baixando um aplicativo pra menina chamado Lulu, que é uma espécie de "avaliador" dos garotos que se tem no facebook. É meio engraçado. E meio viciante. Acabei dormindo quando o sol já estava nascendo, e acordei umas nove da manhã. Minha mãe fez tapioca com geleia de uva pro café da manhã <3
Comecei a ler A Menina que Roubava Livros e passei a manhã toda na cama. É triste, mas ao mesmo tempo lindo. A Dalila me fez companhia. Amo quando ela fica tranquila. Queria saber o que ela pensa quando me olha assim.
E quem fez o almoço? Euzinha. Estava com saudade de inventar um molho diferente de salada e colocar ela bonitinha na travessa. Também fiz arroz e frango grelhado. Como sou prendada.
De tarde assisti dois episódios de New Girl e depois o filme Paixão de Aluguel.
O barulhinho da chuva me fez cair no sono. Quando acordei já era de noite. Assisti mais New Girl, jantei e fiquei no computador até agora.
 
Dias assim me fazem ver que o que eu preciso mesmo, encontro em casa. E que o bem estar próprio e o das pessoas ao meu redor são coisas que devem estar sempre na lista de prioridades. Bom domingo pra você que concorda comigo.



Eu morro com esses olhinhos me encarando <3
 

O meu caminho de volta

sábado, 9 de novembro de 2013

Da janela do hotel eu via a lua. Única, como aquele momento. Agora, da janela do ônibus, eu só consigo ver as placas que me mostram que estou indo, quilômetro por quilômetro, para mais longe de você.
Odeio esse ar condicionado que consegue ser mais frio do que seu último abraço. Odeio essas lágrimas quentes que não param de cair em uma tentativa de equilíbrio físico e emocional.

Me lembro bem quando começou. Eu não sabia seu nome, e claro que você também não sabia o meu. Eu estava prestes a ir para o outro lado, seguindo todo mundo, mas então alguma coisa em você me prendeu. Você percebeu, e usou isso a seu favor. Ou a favor de nós dois.

Era tão mais fácil. Eu podia viver e esquecer. E se por acaso eu lembrasse, só me fazia sorrir sozinha. Mas sei lá, acho que acabei misturando o que aconteceu de fato com o que eu inventei. E acabei ficando cada vez mais perdida, mesmo sabendo que a direção do caminho não depende de mim.

Não quero voltar pra casa. Quero voltar pro tempo em que você cantava olhando pra mim. Pro tempo em que eu conseguia não desviar o olhar. Pro tempo em que as palavras saíam naturalmente da minha boca e a gente não ficava em silêncio nem por um segundo. E depois, pro tempo em que minha boca e a sua não diziam nada e o silêncio não incomodava nem um pouco.

Quem sabe em outra vida, se a gente nascer em anos mais próximos, em vidas mais parecidas e com mais sonhos em comum.

Agora eu preciso mesmo ir. Tem uma vida inteirinha me esperando. Embora seja uma pena, a realidade é que você só conheceu uma pequena parte de mim. Não sei se é a melhor, a pior, a desnecessária ou a fundamental. Não sei se surgiu de repente ou se construí ao longo do tempo. Mas eu sei que essa parte está marcada pra sempre. Por você.

Curitiba

terça-feira, 5 de novembro de 2013